Gabriel Lobo da Silva RosaAnderson Nunes TeixeiraMaycon Bruno de Almeida2025-09-262025-09-17https://repositorio.fmc-campos.com.br/handle/123456789/73As doenças cardiovasculares são condições que comprometem o funcionamento do sistema circulatório, podendo ocasionar diferentes sinais e sintomas a depender do local que acometem (Bourbon, 2016). De acordo com Mensah et al. (2023), as doenças cardiovasculares levaram a óbito cerca de 400 mil brasileiros em 2022, podendo ocasionar o alto consumo de medicamentos, principalmente medicamentos relacionados ao tratamento dessas patologias. Diante disso, são utilizados fármacos específicos para cada tipo de doença, como o clopidogrel, pertencente à Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), amplamente utilizado para protocolos clínicos de pacientes com doenças cardiovasculares. É um pró-fármaco inibidor do receptor P2Y12 que diminui a ação da agregação plaquetária e dependente do complexo enzimático Citocromo P450, principalmente a CYP2C19. Suas indicações de uso são para Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), prevenção de tromboembolismo por fibrilação atrial (FA), prevenção pós-intervenção coronária percutânea (ICP), dentre outras indicações (Beavers, 2023).O presente estudo se propôs a analisar o uso de clopidogrel associado ou não ao omeprazol em pacientes internados na clínica médica. O omeprazol e o clopidogrel são medicamentos amplamente prescritos, sendo utilizados por pacientes internados em larga escala. O artigo teve como objetivo determinar a prevalência do uso concomitante de clopidogrel e omeprazol, complicações associadas e encontrar uma alternativa viável para solucionar o problema. Caracteriza-se como um estudo observacional transversal retrospectivo, sendo analisados 265 prontuários de pacientes que tenham utilizado clopidogrel associado ou não ao omeprazol, no período de janeiro de 2023 a junho de 2024. A amostra foi majoritariamente composta por indivíduos do sexo masculino, cor parda e idade média de 65 anos. Tabagistas ou ex-tabagistas assim como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 foram prevalentes no histórico social e comorbidades, respectivamente. No histórico cirúrgico obteve-se a angioplastia com stent como mais comum, assim como o infarto agudo do miocárdio, o principal diagnóstico. Pacientes que utilizaram clopidogrel com omeprazol apresentaram maior taxa de óbitos. A polifarmácia foi frequente, destacando-se antiagregantes e antilipêmicos como mais utilizados. A prevalência da amostra do uso concomitante foi alta e as principais complicações apresentadas foram infarto agudo do miocárdio, distúrbios hematológicos, trombose venosa profunda, acidente vascular encefálico isquêmico e tromboembolismo pulmonar. A alternativa viável para solucionar a interação foi a utilização de pantoprazol, no lugar do omeprazol.ptClopidogrelOmeprazolDoença CardiovascularInterações MedicamentosasMedicamentosThesis