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Resultados da Pesquisa
Item A prática da automedicação por trabalhadores offshore(2025-10-10) Marcelle Barbosa Viana; Jaise Silva FerreiraA automedicação, definida como o uso de medicamentos sem orientação profissional, é um desafio global, intensificado em ambientes estressantes como plataformas offshore, podendo levar a efeitos adversos. Este estudo observacional transversal buscou avaliar a prevalência de automedicação, classes de medicamentos utilizadas e motivações para essa prática por trabalhadores offshore. A pesquisa envolveu 25 participantes, com dados coletados via Google Forms®, no período de maio a junho de 2025, abordando o perfil sociodemográfico e epidemiológico, automedicação, fontes de informação e efeitos adversos. A maioria dos participantes são homens (96,0%), com idades entre 21 e 48 anos e ensino médio completo (76,0%). A automedicação foi relatada por 76,0% dos participantes da pesquisa. Em relação à frequência, 64,0% dos respondentes afirmaram que recorrem à automedicação apenas 'raramente'. Analgésicos e anti-inflamatórios foram as classes mais consumidas. O alívio rápido dos sintomas (60,0%) foi o principal motivo e o conhecimento próprio (48,0%), o principal critério de escolha. Profissionais de saúde (72,0%) foram a fonte de informação mais utilizada. Hábitos de automedicação também foram observados em participantes com doenças crônicas ou em uso contínuo de medicamentos, com poucos relatos de sintomas adversos. Conclui-se que a automedicação é prevalente em trabalhadores offshore motivada pela busca por alívio imediato, considerando o conhecimento prévio que possuem. Os resultados destacam a necessidade de programas de conscientização sobre o uso responsável de medicamentos e a promoção da saúde física e mental no ambiente offshore.Item Alterações nas formas farmacêuticas para administração de medicamentos em pacientes com atendimento domiciliar(2025-10-01) Carolina Oliveira de Souza; Jaíse Silva FerreiraO atendimento domiciliar promove um serviço de assistência domiciliar ao paciente, buscando proporcionar uma melhoria da saúde, prevenção ou o tratamento de doenças, otimizando os leitos hospitalares, reduzindo custos e diminuindo riscos referentes à internação hospitalar. Alguns problemas de saúde, no entanto, dificultam a administração de medicamentos ao paciente, o que pode levar o responsável pelo indivíduo a realizar alterações no medicamento para facilitar a administração do fármaco. O presente trabalho teve como objetivo identificar os principais motivos e como são realizadas as alterações da forma farmacêutica na administração de medicamentos por indivíduos que realizam atendimento domiciliar. A pesquisa é do tipo observacional transversal a partir de entrevistas realizadas com 170 responsáveis por pacientes que realizam atendimento domiciliar. A coleta de dados ocorreu em uma drogaria de médio porte, localizada no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Os clientes da drogaria foram abordados e aqueles que se enquadravam nos critérios de inclusão e aceitaram participar da pesquisa foram entrevistados. Dentre os participantes, 62% são do sexo feminino, 40% são familiares do paciente, 30% cuidadores, 15,3% técnicos de enfermagem e 14,7% enfermeiros. Quando questionados, 88% afirmaram ter dificuldades na administração de medicamentos, principalmente os sólidos (67,6%). A dificuldade na deglutição se dá devido ao tamanho do comprimido ou a grande quantidade de medicamentos, levando a abertura de cápsulas (29%) e trituração de comprimidos (26%). O farmacêutico é o profissional habilitado que está em contato direto com o paciente ou seu responsável, sendo fundamental estar sempre atento a auxiliar e informar sobre os riscos da mudança da forma farmacêutica, podendo sugerir alterações do medicamento por um equivalente com a forma farmacêutica adequada.Item Produtos naturais comercializados em farmácia de manipulação: Indicações, interações e efeitos adversos(2025-10-09) Maysa Barbosa Póvoa; Maycon Bruno de AlmeidaProdutos naturais são amplamente utilizados pela população, mas eles podem causar efeitos adversos e interações medicamentosas, especialmente quando usados sem supervisão. Este estudo teve como objetivo descrever os produtos naturais comercializados em uma farmácia de manipulação, focando em suas indicações, interações e reações adversas conforme a literatura científica. A pesquisa, de caráter observacional transversal retrospectiva, analisou registros de dispensação em dois períodos: verão (dez/2024 a jan/2025) e final do outono e parte do inverno (jun a jul/2024). Foram identificados os dez produtos naturais mais dispensados no verão e comparadas suas dispensações no outono e inverno. Dos 83 produtos naturais disponíveis na farmácia, 5 não foram dispensados no primeiro período. Não houve variação significativa entre os períodos. Os mais dispensados foram derivados de Pinus pinaster e Dimorphandra mollis. As principais indicações são efeitos antioxidante, anti-inflamatório, cardioprotetor e neuroprotetor. Sete deles podem interagir com outros medicamentos, e seus efeitos adversos variam de cefaleia a toxicidade renal. O estudo reforça a necessidade de orientação farmacêutica para garantir o uso seguro e eficaz.Item Práticas no descarte de medicamentos vencidos por pacientes atendidos na Farmácia Municipal de São Fidélis, RJ(2025-09-30) Emilly Cabral Rodrigues; Jaise Silva Ferreira; Thiago Barbosa de SouzaO estudo aborda o problema do descarte inadequado de medicamentos vencidos e seus impactos ambientais. Estudos mostram que grande parte da população ainda realiza esse descarte inadequado, geralmente no lixo comum ou rede de esgoto. O município de São Fidélis, RJ, não possui postos de coleta acessíveis à população, contribuindo para o descarte inadequado. O estudo teve como objetivo identificar as práticas do descarte dos medicamentos vencidos e o conhecimento sobre os riscos advindos dessa prática de pacientes da Farmácia Municipal de uma cidade de pequeno porte. Trata-se de um estudo observacional, transversal e prospectivo, realizado com 265 pacientes da Farmácia Municipal de São Fidélis, RJ, no período de março de 2025. As entrevistas abordaram perfil sociodemográfico, práticas de consumo, descarte de medicamentos e o conhecimento dos pacientes quanto aos riscos advindos do descarte incorreto. A maioria dos entrevistados foram mulheres, com prevalência de pacientes com ensino fundamental incompleto, o local de descarte em destaque foi o lixo comum, sendo os pacientes com ensino médio completo com maior reconhecimento das consequências do descarte incorreto. Portanto, a ausência de postos de coleta e a presença do lixão ativo na cidade, contribuem para o descarte incorreto, destacando a necessidade de políticas públicas e ações educativas, visando à conscientização da população e o acesso à informação sobre o tema.Item Efeitos do uso crônico de benzodiazepínicos e sua associação com demência em idosos: uma revisão crítica dos riscos a longo prazo(2025-09-16) Júlia Satiro Lopes; Carlos Eduardo Faria Ferreira; Juliana Soares de Faria NetoO uso crônico de benzodiazepínicos (BZDs) por idosos tem sido amplamente discutido devido à sua associação com prejuízo cognitivo e risco aumentado de demência. Esta revisão narrativa teve como objetivo analisar criticamente estudos publicados entre 2010 e 2024 que investigam a relação entre tempo de uso, dose acumulada e tipo de benzodiazepínico com o desenvolvimento de demência em idosos. A análise de 14 artigos selecionados indica que o uso prolongado, especialmente de fármacos com meia-vida longa e alta lipossolubilidade, está associado a maior risco de declínio cognitivo. Evidências também sugerem benefícios da desprescrição supervisionada e da adoção de estratégias terapêuticas alternativas. O estudo reforça a importância do uso racional de BZDs na geriatria e da formulação de políticas públicas que promovam práticas mais seguras e eficazes.Item Interações entre omeprazol e clopidogrel em pacientes internados na clínica médica em um hospital de alta complexidade(2025-09-17) Gabriel Lobo da Silva Rosa; Anderson Nunes Teixeira; Maycon Bruno de AlmeidaO presente estudo se propôs a analisar o uso de clopidogrel associado ou não ao omeprazol em pacientes internados na clínica médica. O omeprazol e o clopidogrel são medicamentos amplamente prescritos, sendo utilizados por pacientes internados em larga escala. O artigo teve como objetivo determinar a prevalência do uso concomitante de clopidogrel e omeprazol, complicações associadas e encontrar uma alternativa viável para solucionar o problema. Caracteriza-se como um estudo observacional transversal retrospectivo, sendo analisados 265 prontuários de pacientes que tenham utilizado clopidogrel associado ou não ao omeprazol, no período de janeiro de 2023 a junho de 2024. A amostra foi majoritariamente composta por indivíduos do sexo masculino, cor parda e idade média de 65 anos. Tabagistas ou ex-tabagistas assim como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 foram prevalentes no histórico social e comorbidades, respectivamente. No histórico cirúrgico obteve-se a angioplastia com stent como mais comum, assim como o infarto agudo do miocárdio, o principal diagnóstico. Pacientes que utilizaram clopidogrel com omeprazol apresentaram maior taxa de óbitos. A polifarmácia foi frequente, destacando-se antiagregantes e antilipêmicos como mais utilizados. A prevalência da amostra do uso concomitante foi alta e as principais complicações apresentadas foram infarto agudo do miocárdio, distúrbios hematológicos, trombose venosa profunda, acidente vascular encefálico isquêmico e tromboembolismo pulmonar. A alternativa viável para solucionar a interação foi a utilização de pantoprazol, no lugar do omeprazol.Item Serviço de teleconsulta farmacêutica na alta hospitalar em um hospital de alta complexidade(2025-09-03) Alícia Castilho de Souza Garcia; Juliana Soares de Faria Neto; Carlos Eduardo Faria FerreiraA alta hospitalar é um momento crítico na continuidade do cuidado em saúde, sendo frequentemente marcada por lacunas na comunicação entre equipe multiprofissional e pacientes, o que pode comprometer a adesão ao tratamento e a segurança no uso dos medicamentos. O estudo teve como objetivo identificar as principais dúvidas e queixas de pacientes acompanhados por teleconsulta farmacêutica após alta em um hospital de alta complexidade. A amostra foi composta por 72 pacientes, em sua maioria idosos entre 61 e 80 anos. As principais causas de internação foram as doenças cardiovasculares e neoplasias. Verificou-se o uso de diferentes medicamentos, com destaque para anti-hipertensivos, anti-agregantes plaquetários e betabloqueadores. As dúvidas mais frequentes apresentadas pelos pacientes estão relacionadas à cuidados gerais e administração do medicamento. As queixas envolvem efeitos adversos/colaterais e acesso aos medicamentos. Do total de teleconsultas farmacêuticas realizadas, 40,28% foram efetivamente realizadas, possibilitando assim, afirmar que essa é uma ferramenta útil na continuidade do cuidado, especialmente em populações vulneráveis, desde que acompanhada por ações educativas e apoio multiprofissional.Item Qualidade de comprimidos de hidroclorotiazida armazenados em porta comprimidos(2025-08-11) Andressa Pereira Rodrigues; Virginia Freitas RodriguesA embalagem de medicamento em contato direto com o produto, denominada embalagem primária, tem como principal função a preservação do medicamento, protegendo-o de fatores ambientais, mantendo a integridade do produto e sua eficácia clínica, ao longo do período de validade. A exposição inadequada de medicamentos à fatores externos como: umidade, luz e temperatura podem comprometer sua eficácia e segurança. Com o objetivo de identificar possíveis alterações na qualidade de comprimidos armazenados fora da embalagem primária, foi realizado um estudo observacional de coorte, utilizando comprimidos de hidroclorotiazida 25mg, para verificar a ocorrência de eventuais desvios nos resultados dos ensaios de controle de qualidade referente à: dureza, friabilidade, desintegração e determinação de peso/peso médio, que pudessem sugerir uma correlação com o armazenamento inadequado do produto. Os resultados não revelaram valores divergentes dos parâmetros preconizados na Farmacopeia Brasileira para os ensaios realizados, entretanto, a continuidade da pesquisa com a inclusão de análises químicas se faz necessária para oferecer uma compreensão mais abrangente sobre os impactos do armazenamento inadequado e contribuir para intensificação de ações educativas relativas ao armazenamento de medicamentos, garantindo a eficácia e a segurança terapêutica ao paciente.
