Efeitos do uso crônico de benzodiazepínicos e sua associação com demência em idosos: uma revisão crítica dos riscos a longo prazo

Resumo

O uso crônico de benzodiazepínicos (BZDs) por idosos tem sido amplamente discutido devido à sua associação com prejuízo cognitivo e risco aumentado de demência. Esta revisão narrativa teve como objetivo analisar criticamente estudos publicados entre 2010 e 2024 que investigam a relação entre tempo de uso, dose acumulada e tipo de benzodiazepínico com o desenvolvimento de demência em idosos. A análise de 14 artigos selecionados indica que o uso prolongado, especialmente de fármacos com meia-vida longa e alta lipossolubilidade, está associado a maior risco de declínio cognitivo. Evidências também sugerem benefícios da desprescrição supervisionada e da adoção de estratégias terapêuticas alternativas. O estudo reforça a importância do uso racional de BZDs na geriatria e da formulação de políticas públicas que promovam práticas mais seguras e eficazes.

Descrição

O aumento da longevidade tem se tornado uma realidade em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Com isso, cresce também a incidência de doenças associadas ao envelhecimento, como os transtornos cognitivos e, em especial, a demência, que compromete de forma progressiva a memória, o raciocínio e a autonomia dos indivíduos idosos (Brasil, 2023; Almeida et al., 2017).

Palavras-chave

Benzodiazepínicos, Idosos, Declínio cognitivo, Demência, Desprescrição

Citação

Coleções

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por